O mês de fevereiro deu sinais de que o Brasil está no pior momento da pandemia, com recorde de mortes por covid-19 (1.582 registradas no dia 25), recorde de desempregados (13,4 milhões), lentidão na vacinação, sobrecarga no sistema de saúde e novos decretos de lockdown.

Ainda assim, março começará sem auxílio emergencial, sem programa de preservação de empregos e sem um Orçamento público aprovado — além de uma defasagem no Bolsa família.

Apesar da urgência desses assuntos, o Congresso não entrou em consenso sobre nenhum deles. Alguns nem sequer têm uma proposta formal em discussão. Nos últimos dias, a Câmara dos Deputados dedicou a maior parte das sessões para debater a prisão do parlamentar Daniel da Silveira (PSL-RJ) e uma proposta pautada às pressas que dificulta a prisão de deputados e senadores —apelidada de PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da impunidade. 

O Senado tem nas mãos a PEC Emergencial. Ela é a grande aposta do governo para destravar um novo auxílio emergencial e, na mesma tacada, cortar gastos públicos. O texto estava na pauta de quinta-feira (25), mas foi adiado para a próxima semana. A proposta é extensa, tem pontos controversos como o fim do piso de gastos com saúde e educação e ainda precisa passar pela Câmara. Ninguém aposta em uma aprovação rápida.

Auxílio emergencial em março?

Na quinta-feira, 25, o presidente Bolsonaro afirmou que um novo auxílio emergencial será pago a partir de março. Seriam quatro parcelas de R$ 250. Ainda não foi enviada uma medida concreta que detalhe os critérios para ter direito, nem as datas de pagamento.

Uol