A Colômbia decidiu neste domingo (19), em votação de segundo turno, quem será o novo presidente pelos próximos anos

Com 100% das urnas apuradas, o candidato de esquerda e ex-guerrilheiro Gustavo Petro venceu, com 50,44% dos votos, a disputa contra o populista Rodolfo Hernández, que alcançou 47,31%. É a primeira vez que a esquerda chega à presidência da Colômbia.

Petro obteve 11.281.013 votos enquanto Harnández alcançou 10.580.412 votos. O esquerdista ganhou as eleições com 700.601 votos a mais do que o rival, segundo a apuração oficial.

No primeiro turno, Petro — que é do partido Coalizão Pacto Histórico — venceu com 40,3% dos votos, 12 pontos percentuais de vantagem sobre o milionário Hernández (28,2%), da Liga de Governantes Anticorrupção. Já para o segundo turno, as pesquisas mostravam um empate técnico entre os dois candidatos.

“A partir de hoje a Colômbia muda, uma mudança real que nos leva a algumas propostas que fizemos destas praças: a política do amor (…), uma política do entendimento e do diálogo”, disse Petro, líder da oposição, em seu discurso da vitória.

Além do primeiro presidente de esquerda, a Colômbia terá pela primeira vez em sua história uma vice-presidente negra, a advogada e ambientalista Francia Elena Márquez Mina, da chapa de Gustavo Petro. A chapa assumirá o governo no dia 7 de agosto para um mandato de quatro anos.

Nas redes sociais, Petro comemorou o resultado e disse que “hoje é o dia das ruas e praças”. “Hoje é festa para o povo. Que comemore a primeira vitória popular. Que tantos sofrimentos sejam amortecidos na alegria que hoje inunda o coração da Pátria. Esta vitória é para Deus e para o Povo e sua história. Hoje é o dia das ruas e praças”, escreveu.

Mulher negra como vice

A Colômbia terá pela primeira vez em sua história uma vice-presidente negra, a advogada e ambientalista Francia Elena Márquez Mina. Francia, de 40 anos, é companheira de chapa de Gustavo Petro.

Francia Márquez tem um perfil público mais amplo — há muito tempo está no centro das atenções por seu notável ativismo ambiental, especialmente desde 2015, quando recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, seguido em 2018 pelo Prêmio Ambiental Goldman, considerado o “Nobel do Meio Ambiente”.

Uol