"Domingo eu volto pra Salvador pra cortar o cabelo"; deboche ou brincadeira em vídeo com IVANA BASTOS contrasta com forte desgaste enfrentado por CLÁUDIO CAJADO que foi relator da infame PEC DA BLINDAGEM
O senador JAQUES WAGNER chama texto da PEC DA BLINDAGEM de 'vale-crime'
Foto: Divulgação/Montagem site POLITICA10
A deputada IVANA BASTOS presidente da Assembléia Legislativa da Bahia, em um vídeo publicado em suas redes sociais com o deputado federal CLÁUDIO CAJADO, que se não fosse o grande desgaste que o deputado enfrenta junto ao eleitorado por conta da relatoria da PEC DA BLINDAGEM, talvez passasse até despercebido.
CLÁUDIO CAJADO relator da infame PEC DA BLINDAGEM também no vídeo dá dicas para quem quiser ser político: "Trabalhar de manhã, de tarde, de noite e de madrugada"
A deputada IVANA BASTOS ainda escreveu na postagem: "O trabalho de um deputado exige determinação, presença constante nos municípios e, acima de tudo, amor pelo que faz. As demandas não esperam, por isso é preciso ter disposição e energia para estar perto das pessoas e atender cada necessidade. Ao lado do deputado federal Cláudio Cajado, reforço essa mensagem: com garra e compromisso estamos trabalhando por cada canto da Bahia. E você também pode ser um agente dessa transformação!", afirmou IVANA.
IVANA BASTOS em 2003 foi quem trouxe e apresentou em Guanambi e região, o deputado federal CLÁUDIO CAJADO, ainda desconhecido dessa região, sob a alegação de que precisava ter o apoio e parceria de um deputado federal, após a deputada ter perdido três eleições seguidas.
Foto: Acervo pessoal de DR. ARIOVALDO BOA SORTE
"Esse tipo de brincadeira ou deboche, dizer que volta a Salvador de avião para cortar o cabelo, irrita as pessoas, porque os salários e as regalias dos políticos são pagos pela população, pelo povo, dinheiro público".
Veja o vídeo do possível deboche:
O senador JAQUES WAGNER chama texto da PEC DA BLINDAGEM de 'vale-crime'
Senador Jaques Wagner (PT-BA) - Foto: Jefferson Rudy | Agência Senado
Em matéria do jornal Atarde, o senador Jaques Wagner (PT-BA) voltou a ser enfático nas suas críticas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, aprovada nesta semana pela Câmara dos Deputados. Em entrevista ao UOL, nesta sexta-feira, 19, o congressista afirmou que o texto é uma espécie de "vale-crime".
A matéria, que teve como relator o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), amplia as proteções legais de parlamentares e dificulta a prisão e a abertura de processos criminais contra deputados e senadores, foi homologada com 353 votos favoráveis e 134 contrários, em primeiro turno, e 344 a favor e 133 contra em segundo turno.
O petista ainda definiu a proposta como "PEC da Malandragem" e reafirmou, assim como outros senadores, que a matéria não vai passar na Casa Legislativa.
"Eu vejo a manifestação de várias lideranças, de vários partidos e não vejo a menor chance da chamada PEC da Malandragem prosperar, porque eu acho que ela é um vale-crime, é como se a gente construísse um vale-crime. Eu fiz um crime hoje, vou investir algo para me eleger, me elejo, aí o Congresso é que tem que autorizar eu ser processado. Essa é uma tentativa de copiar a Constituição de 88, equivocadamente [...] É bom lembrar que em 88 a gente estava saindo de uma ditadura militar", disse ele.
"A tentativa de dizer que esse é o texto condicional é querer aplicar, em conjunturas totalmente diferentes, conceitos que podem caber no determinado momento, mas que não cabe mais hoje no funcionamento normal e ampliado. Querer botar o presidente nacional [...] pode escrever que se isso passa, daqui a pouco, eles vão querer estender para presidente estadual, para presidente municipal, ou seja, é um absurdo o cidadão se sentir protegido dessa forma", completou Jaques Wagner.
Por SALVANY COTRIM, diretor do site POLITICA10
