A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) atravessa uma crise grave há pelo menos três semanas, quando  uma funcionária da entidade se licenciou por motivo de saúde. Pessoas com conhecimento da situação afirmam que ela tem provas de desvios de comportamento do presidente Rogério Caboclo, que corre risco de ter seu mandato interrompido.

ge ouviu críticas à conduta de Rogério Caboclo por parte de presidentes de clubes, presidentes de federações estaduais e de dirigentes da própria CBF, além de outras pessoas com acesso frequente à cúpula da entidade. A postura do presidente da CBF é descrita por seus próprios interlocutores como “errática” e “inapropriada para o cargo”.

De acordo com diversos relatos feitos à reportagem, uma conduta mais grave teria provocado o pedido de afastamento, há cerca de três semanas, de uma funcionária que lidava diretamente com Caboclo na CBF. A licença teria sido solicitada por problemas de saúde. Desde então, ela está incomunicável.
Na mesma semana do afastamento da funcionária, o próprio Caboclo também se afastou da CBF. Oficialmente se tratou de uma semana de férias, previamente programadas. Mas diversas fontes ouvidas pela reportagem, de dentro e de fora da confederação, afirmam que a saída de cena foi abrupta.
– Para tentar estancar uma crise de muitos megatons que o assola há quase dois meses na CBF, o presidente Rogério Caboclo recorreu na terça-feira passada a Ricardo Teixeira, que nem seu aliado é. Bateu no apartamento de Teixeira para pedir ajuda.
O estatuto da CBF prevê que em caso de vacância do cargo de presidente, seu vice mais velho deve assumir e convocar uma nova eleição dentro do prazo de trinta dias. Dessa eleição só podem participar os vice-presidentes. O eleito comandaria a CBF até o fim do mandato atual, que termina em abril de 2023.
Ou seja, caso Caboclo deixe o cargo, Antonio Carlos Nunes teria que convocar uma eleição entre Antônio Aquino (Acre), Ednaldo Rodrigues (Bahia), Castellar Guimarães (Minas Gerais), Fernando Sarney (Maranhão), Francisco Noveletto (Rio Grande do Sul), Marcus Vicente (Espírito Santo) e Gustavo Feijó (Alagoas), além do próprio Nunes.
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