Bolsonaro demorou demais para perceber que negar a política não daria mais certo agora em 2022

O presidente Bolsonaro tardiamente está percebendo que as coisas mudaram muito agora em 2022, comparando com 2018. Naquele ano, havia a discurso de negar o sitema, a política. De repente, se não chama o Centrão, encarnado na figura de Ciro Nogueira, Bolsonaro teria caído. 

Bolsonaro ao não conseguir as assinaturas necessárias para criar o partido ALIANÇA, deveria ter pensado: “O que está acontecendo? Como um presidente da República encontra tanta dificuldade para conseguir as assinaturas necessárias para se criar um partido”. Algo estava errado. O partido não foi criado.

Bolsonaro criou uma confusão com governadores, prefeitos e com o STF, e só tardiamente adquiriu as vacinas contra a covid-19, isso depois de apoiar medicamentos não eficazes para combater a covid-19. Muita gente morreu no Brasil por falta de uma informação correta e alinhada do governo federal com os demais poderes, de como se comportar no enfrentamento da pandemia.

A impressão que se tem é que Bolsonaro é mal assessorado, ou não ouve os melhores assessores,  quando da percepção de como funciona o Brasil. A sua equipe dizia que a TV Globo era “um lixo”. Agora estão tendo a necessidade de aumentar a publicidade institucional na Globo.

Depois de dizer aos necessitados do Auxilio emergencial: “Pô, acabou!”, numa referência ao incentivo para o fim do auxílio, agora o presidente faz de tudo para aprovar uma PEC Kamikaze emergencial para turbinar o auxílio, faltando 3 meses para as eleições. 

Bolsonaro parece não se dá conta de que o perfil/estilo Donald Trump foi testado mas não foi aprovado nos Estados Unidos, ao não ser reeleito o ex presidente norte-americano. 

Pesquisas recentes do Data Folha dão conta de que Bolsonaro perde nos três maiores e mais importantes colégios eleitorais do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas o Paraná Pesquisas diz que em São Paulo, Bolsonaro está na frente.

Por Salvany Cotrim