Produtor sonha encerrar a carreira com show do cantor e compositor no Geraldão, na capital pernambucana
Desde o início da sua trajetória, em meados da década de 1960, Pinga já produziu mais de 15 mil eventos. Além de Roberto Carlos, grandes nomes da música nacional e internacional tiveram apresentações capitaneadas por ele, como Julio Iglesias, Maria Bethânia e Ney Matogrosso. Apaixonado por Pernambuco, onde morou por décadas, o produtor conta que o início do seu percurso na música foi marcado por prejuízos que quase o fizeram desistir do ramo.
“O primeiro show que produzi de Roberto foi em 1968. Foram dois: o primeiro, em um ginásio, teve uma boa arrecadação, mas a pessoa que coloquei para me ajudar sumiu com o dinheiro. Outro, foi uma decepção, em um estádio onde eu esperava colocar 30 mil pessoas, só juntamos 1287 pagantes. Foi falta de experiência”, lembra. “Roberto é o artista mais fácil de se trabalhar. Ele leva tudo: som, camarim, banheiro também. E não tem exigências, só pede quatro garrafões de água mineral, com os quais se banha, o chocolate Garoto, que é da terra dele. Ele é uma pessoa muito sensível, simples e gentil. É chamado de rei por merecimento.”
Dos shows que produziu com o ícone da Jovem Guarda, a maior parte foi no Recife. Por isso, a cidade é simbólica para Pinga. Para ele, o palco do Rei por excelência é o Geraldão, espaço reinaugurado recentemente e para onde Pinga, que tem o título de Cidadão de Pernambuco, deseja levar um derradeiro show de Roberto Carlos sob sua batuta. “Roberto Carlos tem 60 anos de carreira e continua fazendo sucesso. Suas músicas são inigualáveis”, enfatiza.
