Muito em breve policiais de baianos começarão a usar câmeras em suas fardas. No momento, o projeto piloto está sendo testado em Salvador, com quatro marcas diferentes dos aparelhos. A medida ocorre após estudo e visita técnica realizadas pelas Superintendências de Gestão Tecnológica e Organizacional (SGTO) e de Telecomunicações (Stelecom). O objetivo da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) é que a gravação possa ser resgatada a fim de tirar dúvidas de ações ou até ajudar a esclarecer um processo.
“O uso da câmera traz uma melhora na prestação do serviço, quando o policial vai saber que seus atos estão sendo gravados e o cidadão que estiver recebendo o serviço também estará sendo gravado na mesma ocorrência. O projeto é esse, a gente grava as ações e consegue prestar um melhor serviço a sociedade”, esclarece o capitão Jurandilson Nascimento, diretor de tecnologia da informação da Superintendência de Gestão Tecnológica e Organizacional (SGTO) da SSP-BA.
O capitão Jurandilson ainda destaca que está ocorrendo no momento são testes de campo, em Salvador. Algumas câmeras estão sendo testadas de fabricantes diferentes para que posteriormente seja realizada uma concorrência pública e licitação.
“Quando a gente fizer a licitação e definir qual marca será utilizada, inicialmente quem usará são os policiais de Salvador. Ainda não decidimos quais localidades da capital baiana nem quantos policiais irão utilizar, mas serão os que estão mais na linha de frente”.
A perspectiva entretanto, é que em curto espaço de tempo, quando a tecnologia estiver bem sedimentada na corporação , possa então definitivamente ser estendida para outras cidades baianas.
“Uma das vantagens do uso do aparelho é que como o policial será o elemento que está gravando a ação ele conseguirá gravar toda a atuação. Como os atos estão registrados pelo próprio policial ele vai ser mais técnico e poderá agir dentro da necessidade requerida. A segurança será maior contra uma acusação falsa”.
As câmeras são menores que um celular e foram projetadas dentro dos padrões que a atividade requer. Têm certificações de resistência a impacto, poeira e água e serão presas nos uniformes, com várias possibilidades de fixação como travas magnéticas, a clips. Os equipamentos filmarão abordagens, flagrantes e situações de confrontos envolvendo guarnições. Alguns estados, entre eles São Paulo, já utilizam a ferramenta.
O equipamento vai proteger os policiais, mostrando as dificuldades enfrentadas”, destaca o secretário Ricardo Mandarino”.
O chefe da SSP da Bahia acrescentou que as câmeras protegerão também os cidadãos que sofrem com abuso de poder, racismo, homofobia, entre outros delitos praticados por uma parcela mínima de servidores públicos.
“Temos sempre que evoluir. Os resultados alcançados por outros estados mostram que esse é um caminho. Queremos tornar a polícia baiana ainda mais cidadã.”
Para o engenheiro André Duarte, a ideia é boa “vamos ter certeza disso somente na prática. somente o tempo pode trazer a resposta. A tentativa é válida.”
“A princípio parece ser uma medida eficaz, vamos esperar para ver se resolve o problema de tantas reclamações da população”, comenta a doméstica Luciana Santos.
Tribuna da Bahia