Duelo histórico entre líderes populares teve petista inseguro e presidente tropeçando em velhos erros próprios ao desrespeitar mulheres
Dois tipos de candidatos costumam ser os mais atacados em debates eleitorais: o que está no governo e o que está na liderança das pesquisas de intenção de votos.
Frequentemente eles são a mesma pessoa, mas ontem, na Band, o presidente Jair Bolsonaro foi o principal alvo dos concorrentes. Foi apertado em diversos assuntos por quase todos os rivais, mas criou ele mesmo, sozinho, seu pior momento no programa ao ofender a jornalista Vera Magalhães.
Lula, com ampla vantagem nas pesquisas, vinha de uma entrevista ao Jornal Nacional na qual a avaliação positiva de seu desempenho foi quase consensual. Logo de cara, porém, passou insegurança no embate com Bolsonaro ao fugir da resposta quando questionado sobre a corrupção na Petrobrás.
Logo após o destempero de Bolsonaro, a agressão à jornalista ocupava várias das primeiras posições no ranking de buscas do Google no Brasil ainda durante o debate. De certa forma, o bolsonarismo provava do próprio veneno ao ver as redes sociais dominadas por um assunto desconfortável, tática que costuma exercer com eficácia em prejuízo dos adversários.
Após ganhar debate, Simone Tebet tem chance de sair do acostamento
Simone Tebet foi a vencedora do primeiro debate presidencial de 2022 aos olhos dos eleitores indecisos, segundo o Datafolha. A candidata do MDB aparece com apenas 2% das intenções de voto nas pesquisas, sem viés de alta até agora.
Na avaliação do conjunto do debate, Simone Tebet foi considerada a que seu saiu melhor para 43% dos entrevistados, quase o dobro da taxa de Ciro (23%).
Simone Tebet demonstrou firmeza em suas palavras, na opinião dos entrevistados. Ela emparedou Bolsonaro e chegou a dizer olhando para o presidente: “Eu não tenho medo de voce”.
Simone Tebet que participou da CPI da Covid-19, disse que houve corrupção do governo Bolsonaro na compra da vacina covaxin, atraso na compra de vacinas e descaso do governo federal com a pandemia, e que muitas mortes por covid-19 poderiam ter sido evitadas.
O Globo/Uol/Politica10