Destaque da matriz produtiva da Bahia, tendo a região Oeste a sua principal fronteira agrícola, da colheita do algodão já se iniciou e a expectativa é de 520.363 toneladas. Este ano, a Bahia plantou 266.662 hectares da commodity e é o líder do MATOPIBA  (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que deverá produzir 587.067 toneladas.

O Oeste baiano impacta positivamente na economia do Estado, considerando que a produção da região acolhe o mercado interno e externo. Como a produção de algodão, a agricultura da região tem se desenvolvido aproveitando as condições climáticas ideais e a disponibilidade hídrica, somadas ao manejo adequado das culturas e uso de tecnologia de ponta.

O secretário estadual da Agricultura, João Carlos Oliveira da Silva, destaca a representatividade da safra baiana. “O Oeste da Bahia é vital para a agricultura do Estado. Agora, por ocasião da safra de algodão, a região mostra novamente sua força, aumentando em 2% a produtividade da cultura e com estimativa de colheita total de mais de 520 mil toneladas”.

Para o coordenador da Cooperativa de Produtores de Algodão (UBAHIA), Paulo Almeida Schmidt, o desafio atual é ampliar a exportação. “Temos que pegar esse algodão daqui e exportar para o mundo. O nosso concorrente não é o produtor aqui ao lado, nosso concorrente é o Estados Unidos. E o que a gente tem visto é que cada vez que o governo dá um incentivo, nós ficamos mais competitivos contra o mundo e mais algodão conseguimos exportar”.

Ainda na opinião de Paulo Schmidt, o algodão é fundamental para a cadeia produtiva do Oeste por conta da geração de emprego e renda. “Desde o plantio, dos tratos culturais, beneficiamento, esmagamento do caroço, tudo isso gera uma cadeia e cada etapa da cadeia precisa de muitas pessoas trabalhando”.

A fazenda Zanotto, instalada em Luís Eduardo Magalhães há 40 anos e há 20 anos cultivando algodão, teve a safra deste ano reduzida, mas toda a produção já foi vendida mesmo antes da colheita e 70% foi destinada à exportação. “Essa redução se deu por uma necessidade de preservação de solo e também pela relevância dos altos preços da soja, uma commodity bastante competitiva. Mas nós vimos o algodão se recuperando bem no início do ano.

Acreditamos que o mundo está caminhando muito mais para sustentabilidade, e a gente acredita que as fibras naturais terão mais espaços”, ressalta a diretora do Grupo Zanotto, Alessandra Zanotto.

A Tarde