O senador Jaques Wagner (PT) voltou a defender o nome da major Denice para a eleição de 2020 em Salvador. O parlamentar rebateu críticas de petistas que ressaltam o fato de a policial não ser filiada ao partido. “A identidade dela com o programa do PT é uma identidade de vida, não é uma questão da filiação. Ela vai se filiar em algum momento e já declarou a simpatia pelo PT. Agora, se ela quiser fazer campanha e opinar, ela tem que se licenciar. Pela legislação, é três meses antes para a Polícia Militar entrar em campanha”, declarou.

“Encaro com naturalidade as reações positivas e eventualmente negativas. O nosso povo é muito ciumento e carinhoso com o partido. Existem quatro nomes colocados que têm o orgulho de defender o nome do PT na campanha municipal. Quando aparece outro nome, as pessoas naturalmente acham ‘não é da casa'”, completou.

Para Wagner, o nome dela surge pelo trabalho que vem desenvolvendo dentro da corporação. “Alguns vejam ‘ah, vai colocar alguém da Polícia Militar’. A Polícia Militar é uma, mas internamente ela tem posicionamentos e ações diferentes. Então, não vou dar as costas para uma corporação da qual eu já fui comandante-geral. Ao contrário, acho que mesmo quem pensa diferente dela, terá orgulho em ver um membro da corporação no cargo de prefeito da capital”.

Sobre a eleição de 2022, o parlamentar evitou comentar os rumores de que ele será lançado mais uma vez para a corrida ao Palácio de Ondina. “Acho que está muito cedo. Temos que cuidar das eleições municipais. Como se diz, tem muita água para rolar debaixo da ponte. Acho que é precipitado o debate sobre eleição governamental de 2022, porque vai acabar atrapalhando o processo municipal. Acho que, passadas as eleições municipais, e a posse dos prefeitos e prefeitas, aí é tempo da gente se debruçar sobre isso”.

O petista também evitou se posicionar sobre a morte do foragido da Justiça do Rio de Janeiro, Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, em 2018. O miliciano foi atingido durante uma operação no município de Esplanada, no interior da Bahia. “É evidente que todos nós preferiríamos que ele tivesse sido preso, porque ele é uma peça muito importante no equacionamento da morte da vereadora Marielle, que foi morta claramente por milicianos. Não estou acusando ninguém, não estou falando que é isso ou aquilo, mas é claro que ele teria depoimentos importantes a fazer para tentar esclarecer”, completou.

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