O senador Otto Alencar (PSD) defendeu, em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia divulgada nesta segunda-feira (4), o governador Rui Costa (PT), após a deflagração da 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, que investiga um esquema de venda de sentenças por juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

O parlamentar declarou que o petista “não tinha conhecimento do que se passava na Secretaria de Segurança Pública”. Na ocasião, o então secretário da pasta, Maurício Barbosa, e a delegada chefe de gabinete da pasta, Gabriela Caldas Rosa de Macêdo, foram afastados do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“A investigação aconteceu por parte da Polícia Federal. Se ele tivesse conhecimento, já teria tomado providência. Quando tomou conhecimento, exonerou toda a cúpula da Segurança Pública. Me surpreendeu muito. Nunca esperei que isso pudesse acontecer na cúpula da Secretaria de Segurança Pública”, disse Otto.

Para Otto, o ex-secretário precisa “se resguardar muito nas suas relações fora da instituição, até para, mesmo não tendo cometido ilícito, não dar a impressão que cometeu”. “Então, isso vai ser investigado, os acusados terão direito de defesa e vamos aguardar a conclusão dos fatos”, acrescentou.

O presidente do PSD na Bahia afirmou ainda que não será um obstáculo para manter a aliança entre PSD, PT e PP na escolha de um nome para representar o grupo do governador em 2022. “Nós temos um grupo unido e forte, que tem outros nomes colocados além do meu, que está colocado”, contou.

“Mas tem o nome do senador Jaques Wagner e tem também a pretensão do vice-governador João Leão. Então isso vai ser decidido em março de 2022”, ponderou.

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